Confesso que estou perdida. Que não sei qual deveria ser o meu próximo passo, mas me assombra a ideia de que ele seja em sua direção. Porque eu não to pronta pra admitir que eu gosto mesmo de você, assim, com todos esses ismos e inhos de ser que tanto me irritam. E que agora o meu coração ficou pequenininho por perceber que essas próprias palavras me prendem e me soltam ao mesmo tempo. É que sentir é complicado, e dizer o que se sente é mais complicado ainda. Há tempos inventam-se e inovam-se os meios de facilitar essa coisa de dizer para o outro o que é que acontece no comboio de corda que a gente traz dentro do peito. E eu digo que, desde que me entendo por meio gente que sou, escrever é a que mais tem me cabido. É por isso que me deito no colo das palavras e não no teu, ainda. É por isso que não tu, mas elas, têm me acariciado a face e beijado os meus cabelos quando o coração fica chorando no meio do trilho. Elas me carregam no colo com a leveza de um suspiro tranquilo quando o coração fica pesado e decide parar no meio do caminho.
Porque será me diz, porque será... Que você sempre é tão eu que faz brotar aqui nesse coração seco pura lágrima.
ResponderExcluirTe amo, Errante e sinto tanta, tanta, tanta saudades. sz
Quanta sensibilidade, alma de poeta!
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