28 dezembro, 2011

Suspiros

Essas tardes desbotadamente amarelas me dão um não-sei-quê no coração. Esse céu cinza, esse vento que não se decide e volta aqui a todo instante, tanto que não deixa em paz a fita amarela amarrada no varal, e a põe suspensa no ar. O tempo parado. Resmungando, no fundo do mundo, o quanto está cansado de se doar e, ainda assim, ser tão solicitado, tão mal aproveitado, tão deixado de lado. Olha que eu não volto atrás! Braveja, lá no finalzinho da hora. E o coração inquieto, apertado, sem tirar os olhos da janela, pensando no tempo que jogou fora.

Um comentário:

  1. Esse sentimento de sei-lá-o-que...

    Nesse momentos tão só, tão bonitos, tão singelos.

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