Debaixo desse segundo sol de primavera eu penso e sinto. Ele já não me toca mais como antes, já não é o mesmo. E por que haveria de ser se nada, nem mesmo o amor mais sublime que caminha para a eternidade, o é? O amor que outrora era vigor, hoje se apresenta cansaço. Mas de uma forma que se antes corria sob a tempestade contigo, hoje caminha sob o guarda-chuva, a passos lentos e coladinho ao teu lado. O amor não muda de lugar, muda de nome. Mas o sol... Ah, o sol! Este que antes me acariciava a pele, hoje me a queima, e sem nenhum gesto de ternura. E penso se, desconhecendo tal fato, pode o amor também mudar de figura.
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