01 agosto, 2011


Um suspiro nada leve, mas profundo, no meio da madrugada, vindo de não sei onde à procura de não sei o quê me fez parar pra pensar que eu tinha que colocar uma música sem palavras pra tocar se eu quisesse continuar escrevendo isto. Pensei em tudo que eu vinha deixando pelos cantos nos últimos tempos, no quanto eu tinha que consertar pra mim, no quanto eu tinha pra consertar em mim. Mas eu errei de canção e as batidas vieram fortes demais, não me deixavam escutar o que precisava ser ouvido de verdade. 
Eu fiquei lendo sem parar tudo o que tinha acontecido até aqui e não encontrava resposta para as perguntas que iam surgindo à cada silêncio que você fazia só pra me deixar mais confusa do que eu já era, por natureza, e isso tudo sem falar na tristeza. E o mesmo suspiro, dessa vez partido em dois e mais demorado, foi escrevendo na ponta da minha retina paralisada que eu morria de medo da resposta que eu não queria saber, e por isto deixava aquela canção toda errada tocando sem parar.

2 comentários:

  1. Texto intenso. Canção confusa de realidade utópica.
    Vi um pouco do meu "eu". :)
    Beijos

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  2. Queria saber porque você sempre fala tanto do que eu sou, Errante. E não, não fica nada estranho quando suas palavras "saem" assim... Fica tão Josi que parece que eu estou escutando você divagar sobre essas coisas.

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