09 outubro, 2011

Talvez se o vento soprasse naquela hora em que o sonho encontrava a lua, balancariam as folhas quase eternas das gardênias daquela alma que vagava sozinha. Seria o impulso. Seria o passo seguinte. Seria tudo que vivia na copa, perto das nuvens, deslizando pra ponta dos dedos ou sola dos pés e tomando vida. O sopro.
Vez em quando pousa uma esperança aqui, outra lá, mas não conseguem mais do que fazer levantar e tirar o pó. Dali em diante sempre se cai, de novo, e então é necessário que outras esperanças apareçam, de novo. Mas esse cair não é constante, e por conta disso é que as esperanças aparecem somente uma vez ou outra. O sopro.

3 comentários:

  1. Nossa, que delicadeza!
    Josi, muito singelo os movimentos, pouso da esperança, roçar do vento e até mesmo a queda. A aura de uma tristeza meio celeste.
    Deu vontade de ler mais vezes.

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  2. Hum, isso me lembrou "Uma esperança", da Clarice.
    E eu gosto tanto da sua suavidade... Dos ventos, dos sopros, dos vôos.

    Continue livre, Josi.

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  3. Também pensei neste texto da Clarice. ^^

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