Talvez se o vento soprasse naquela hora em que o sonho encontrava a lua, balancariam as folhas quase eternas das gardênias daquela alma que vagava sozinha. Seria o impulso. Seria o passo seguinte. Seria tudo que vivia na copa, perto das nuvens, deslizando pra ponta dos dedos ou sola dos pés e tomando vida. O sopro.
Vez em quando pousa uma esperança aqui, outra lá, mas não conseguem mais do que fazer levantar e tirar o pó. Dali em diante sempre se cai, de novo, e então é necessário que outras esperanças apareçam, de novo. Mas esse cair não é constante, e por conta disso é que as esperanças aparecem somente uma vez ou outra. O sopro.
Nossa, que delicadeza!
ResponderExcluirJosi, muito singelo os movimentos, pouso da esperança, roçar do vento e até mesmo a queda. A aura de uma tristeza meio celeste.
Deu vontade de ler mais vezes.
Hum, isso me lembrou "Uma esperança", da Clarice.
ResponderExcluirE eu gosto tanto da sua suavidade... Dos ventos, dos sopros, dos vôos.
Continue livre, Josi.
Também pensei neste texto da Clarice. ^^
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