04 março, 2012

Sempre
no meio do caminho
uma luz que se apaga
uma luz que se acende
me enche
de pavor e de alegria incerta
Um cão que late
um pássaro que sobrevoa
um cão que se cala
A rua
silenciosa e longa e muda
escura
me faz companhia
Eu sempre olho o céu
Uma estrela que se apaga
um sonho que cai
alguém que se vai.

3 comentários:

  1. Eu sempre me surpreendo. Caramba, eu estava pensando nisso, ou qualquer coisa como um "cão latindo no fundo do mundo" ou "aquela gota que estava ali", essas coisas que só querem dizer: fugacidade, chuva, instante, o que está sendo e se vai.

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  2. Eu podia estar pensando muita coisa que provavelmente seu poema não queria dizer, mas ele me levou longe, assim, num estado de ser no mundo: melancolia. Daí o comentário me.io non-sense, mas fazendo todo o sentido pra mim

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