Os automóveis invadem a minha casa
Todos os dias os automóveis
Eu acordo e durmo com os automóveis
entrando aqui dentro de casa
Pelas frestas das janelas e das portas
Pelos poros minúsculos, até,
da porta maciça de madeira antiga
Os automóveis não se cansam
Invadiram a cidade simples
Invadem a minha casa o tempo todo
Não deixam em paz os meus ouvidos
e a minha cabeça e os móveis da sala
Nem mesmo quando o sinal fecha
Eu sei, ninguém repara
Mas já vai abrir de novo
E ninguém repara
E os aviões?
ResponderExcluirAi, cadê qualquer coisa de silêncio para nós, neste mundo?
Um abraço de flor. s2
Uma saudade: seus textos.
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